
 Apesar do que possa parecer, não são raros os momentos em que tenho verdadeiras crises existenciais acerca desta coisa que é a União Europeia. É muito bonito estar "unida na diversidade", mas, afinal, o que é que eu tenho de comum com os búlgaros, com os letões, com os cipriotas, não vamos mais longe, com os polacos???
Apesar do que possa parecer, não são raros os momentos em que tenho verdadeiras crises existenciais acerca desta coisa que é a União Europeia. É muito bonito estar "unida na diversidade", mas, afinal, o que é que eu tenho de comum com os búlgaros, com os letões, com os cipriotas, não vamos mais longe, com os polacos???É por isso que aprecio as raras situações em que se me faz alguma luz acerca do assunto e acho que, inconscientemente, procuro esses pequenos sinais que me vão desbastando as incertezas.
Hoje, durante a aula de "L'Europe Central dans l'Union Européenne dans le contexte de la globalization" (que raio de nome para uma cadeira!!) assistimos a um documentário sobre o processo de "des-sovietização" na Polónia.
De repente, apercebi-me que há algo que identifica profundamente polacos e portugueses: uma mesma sensação de orgulho nacional pelo caminho traçado de forma pacífica rumo à democracia, se bem que partindo de extremos opostos. Eles, com Lech Walesa à cabeça do sindicato Solidarnosc e as negociações da mesa redonda, tal qual cavaleiros do Rei Artur. Nós, com Salgueiro Maia a contrariar o "estado a que isto chegou" e os cravos em riste a avançar pelas ruas!
 
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