Tuesday, June 10, 2008

Warsaw uprising













O museu fez-me luz acerca de alguns dos traços mais característicos da sociedade polaca.
A presença da Segunda Guerra Mundial é uma constante. É como se tivesse acabado ontem. Toda a gente tem um familiar ou outro que de alguma forma foi afectado pelo conflito: o avô que foi morto pelos raides, o primo que emigrou para os EUA, a mãe que nasceu em Auschwitz... A população foi esmagada pelo sofrimento.
E, depois, finalmente, quando o terror acabou, a libertação chegou sob a forma de mais opressão. O país foi sufocado pelo exército vermelho. A identidade polaca manteve-se agarrada às saias de Moscovo durante mais de 40 anos. Era impossível crescer sob tamanho paternalismo. De tal forma, que ainda hoje vive a sua infância, num esforço contínuo para aprender a andar sozinha.
Não admira que, numa sociedade tão visivelmente perturbada por estes acontecimentos históricos recentes, a memória tenha um papel fundamental e seja o instrumento político de eleição.

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