Esta é a janela culpada.
No início, não quis acreditar que fosse solteira. Procurei à saciedade um estore, uma persiana, uma portada - qualquer coisa com que a pudesse casar. Mas nada. Apenas umas cortinas às riscas verdes de opacidade duvidosa. "Optimo!", pensei, "tenho o mesmo grau de privacidade que as meninas do Red Light District em Amesterdão". Daí a tornar-me numa super-tia deprimente, que usa máscara de dormir por causa da luz da manhã, foi um salto.
Só com o tempo é que começei a aperceber-me das potencialidades desta janela. O solzinho que entra directo às 2 da tarde, o meio imprescindível de comunicação para os que passam (a qualquer hora do dia e da noite!), a facilidade com que nada me escapa do movimento lá de fora e, sobretudo - aquilo com que sempre sonhei!!! -, a possibilidade de agir como uma verdadeira vizinha de Moscavide, tagarelando com os transeuntes e cuscando com o vizinho de cima.
Portanto, estás aperdoada janelinha!
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1 comment:
:) A tua sempre tem uma vista bonita. A minha em Estrasburgo dava para o parque de estacionamento da residência!! Ah... como eu me diverti a analisar matrículas francesas...que saudades!
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